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O Ancoradouro do Tempo (adaptação do livro de Mia Couto "A Varanda do Frangipani")

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Sinopse

IZIDINE um recém graduado inspector da policia é chamado a investigar um crime ocorrido numa antiga fortaleza colonial que é actualmente um asilo de velhos: Mataram VASTO EXCELENCIO o director.
MARTA, a enfermeira do asilo que insiste em que ela conduza a investigação para o verdadeiro crime que é o que aquele asilo representa, leva IZIDINE a confrontar-se com uma surpresa: Todos os velhos confessam à partida terem sido eles os autores do crime. Por razões diversas desde o facto de ele bater e maltratar os velhos, até ao facto de exercer violência doméstica sobre a esposa que era uma paixão secreta de um deles, até à própria enfermeira que tinha sido amante dele e a quem ele tinha forçado um aborto.
Mas o inspetor descobrirá lentamente que o verdadeiro crime foi cometido por justiça por o director usava o asilo para contrabandear armas que os velhos acabam por fazer desaparecer condenando o director a ser morto pelos seus comparsas.

Créditos

com
Izidine
Horácio Guiamba

Marta
Maria Adamugy

Vasto Excelêncio
Tomás Bié

Nhonhoso
Mário José Mabjaia

Navaia
Adelino Branquinho

Nãozinha
Josefina Massango

Ernestina
Isabel Jorge

Salufo Tuco
Elliote Alex

Mourão (xidimingo)
Vitor Gonçalves

Bandeira
Stweart Sukuma

Realização
Sol Carvalho

Uma Adaptação de
a Varanda do Frangipani

de
Mia Couto

Argumento
Mia Couto
Sol Carvalho

Diálogos
Mia Couto

Script Doctor
José Eduardo Agualusa

Produtores Executivos
Jacinta Barros
Paula Ferreira
Sol de Carvalho

Direcção de Fotografia e Câmara
Andre Guiomar

Direcção Musical
Stewart Sukuma

Montagem
Bruno Lopes

Direcção de Som
Gita Cerveira

Direcção de Arte
Cláudia Lopes Costa

Direcção de Actores
Chimene Costa

Edição de Som
Tiago Inuit

Mistura
Paulo Abelho

Correcção de Cor
Miguel da Santa
Mafalda Aleixo - Walla Colective

Produtores
Jacinta Barros
Rui Simões
Sol de Carvalho
Paulo Roberto de Carvalho
Gudula Meinzolt
Zézé Gamboa


Co-Produção


Financiamento


Apoio


NOTA DO AUTOR E CO-ARGUMENTISTA

Acho que o livro tem uma linguagem muito visual, acho que há ali personagens que facilmente são transportáveis para o cinema. Quase sem saber, estava já a fazer uma espécie de guião cinematográfico quando há mais de duas dezenas de anos escrevi o "VARANDA DO FRANGIPANI".

Eu estou muito entusiasmado com a ideia de participar na transposição do livro para um roteiro de cinema. Acho que trabalhar com um amigo, trabalhar com uma equipa moçambicana é um desafio que me empolga".

Mia Couto

DECLARAÇÃO DE INTENÇÕES DO REALIZADOR E CO-ARGUMENTISTA

A VARANDA DO FRANGIPANI representa aquilo em que a obra de MIA COUTO me é mais apelativo: O uso de um microcosmos carregado de realismo fantástico onde uma aparente história específica (seja política, policial ou de amor) simboliza uma abordagem mais global da sociedade. E esta história toca temas que me são caros: O respeito pelos velhos, os problemas da identidade racial, a violência sobre as mulheres, a corrupção generalizada.
Sabendo das especificidades da literatura e do cinema, um dos mais importantes desafios é precisamente o facto de poder contar com a participação do próprio autor do original na escrita do guião.
E o realismo fantástico abre-me um potencial visual e estético que eu penso poder ter um casamento perfeito com o mundo e o cinema africano.

Sol de Carvalho

BIOGRAFIAS

MIA COUTO nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi jornalista. É professor, biólogo, escritor. Está traduzido em diversas línguas. Entre outros prémios e distinções (de que se destaca a nomeação, por um júri criado para o efeito pela Feira Internacional do Livro do Zimbabwe, de Terra Sonâmbula como um dos doze melhores livros africanos do século xx), foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e com o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007. Ainda em 2007 Mia foi distinguido com o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia.
Tornou-se nestes últimos anos um dos ficcionistas mais conhecidos das literaturas de língua portuguesa. O seu trabalho sobre a língua permite-lhe obter uma grande expressividade, por meio da qual comunica aos leitores todo o drama da vida em Moçambique após a independência.
As suas obras encontram-se traduzidas e editadas nos seguintes países: Alemanha, Bélgica, Brasil, Bulgária, Chile, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Israel, Itália, Holanda, Polónia, Noruega, Reino Unido, República Checa, Suécia.

SOL DE CARVALHO nasceu e viveu em MOÇAMBIQUE estudou cinema em Portugal, foi jornalista, é profissional de cinema desde 1984, tendo na sua carteira, 4 longas metragens, diversos telefilmes e documentários, vários deles premiados em diversos festivais internacionais. A sua última longa-metragem de ficção MABATA BATA, uma adaptação de um conto de Mia Couto, está selecionada para o Festival de Roterdão e está em competição no mais prestigiado festival africano, FESPACO.
É no momento director geral da PROMARTE, das mais prestigiadas e antigas empresas de produção de cinema e vídeo em Moçambique.